quarta-feira, 10 de junho de 2009

Historia de Cubatão

Cubatão, historicamente, sempre teve um papel de destaque no cenário da Baixada Santista, do Estado de São Paulo e da Nação.



Tendo como origem o sopé da Serra do Mar, a partir de onde jesuítas, comerciantes, tropas, autoridades do reino tomavam fôlego para atingir o Planalto, Cubatão tornou-se essencialmente um lugar de passagem.

Primeiro, pelos caminhos das águas, partino do Porto das Naus, em São Vicente, e seguindo pelo Mar pequeno, Canal dos Barreiros, Largo do Pompeba, Rio Casqueiro, Largo do Caneú, Rio Cubatão, Rio Mogi e Rio Perequê.

Depois, à aventura de se alçar ao planalto, tiveram início os primeiros caminhos da serra. No começo, pela chamada trilha dos Tupiniquins, depois pelo Vale do Rio Perequê, chamado o caminho do Padre José e, finalmente, a Calçada do Lorena, mais à esquerda, a partir do Rio Cubatão.

O Porto Geral de Cubatão teve sua origem na primeira metade do século XVIII. Ao seu lado, desenvolveu-se um povoado, por muito tempo conhecido com essa denominação.

Em 1833 foi elevado à categoria de município e, em 1841, anexado ao município de Santos, mantendo-se praticamente estagnado, até a década de 1920, quando surgiram as obras da Usina da Light e da Companhia Santista de Papel. Após 1940 há um novo surto com a construção da Via Anchieta, culminando com a construção da Refinaria Presidente Bernardes, em 1949, e a Companhia Siderúrgica Paulista, em 1959.

Com a inauguração da Via Anchieta, o transporte rodoviário dinamizou o eixo de ligação entre São Paulo e a Baixada, tornando Cubatão um grande centro de passagem.

Cubatão foi emancipado a 1º de janeiro de 1949, ficando sob a administração da Prefeitura de Santos até o dia 9 de abril do mesmo ano, quando assumiu o seu primeiro Prefeito.

A cidade foi sendo transformada com o processo industrial sob a forma de grandes empreendimentos, fruto do surto industrial paulistano e investimentos federais. Nenhum plano orientou a instalação das indústrias, que foram se localizando ao sabor das vantagens imobiliárias ou de alguns pré-requisitos para seu funcionamento, perto ou longe do núcleo urbano, a favor ou contra os eventos, acarretando, ao longo dos anos, problemas sérios de poluição do ar, das águas e do solo.

Foram implantados um Pólo Petroquímico e um Parque Siderúrgico, ambos de cunho nacional, atraídos pela Petrobrás, que oferecia os seus derivados com preços compensatórios. Outros atrativos à instalação das industrias: boa localização pela proximidade com Porto e a capital do Estado, suficiente infra-estrutura com água e energia abundates.

De 1955 a 1975 foram implantadas e colocadas em funcionamento, 18 das 25 indústrias, que hoje compõem o Parque Industrial, quase todas situadas na região de Piaçaguera.

Duas das indústrias - Ultrafértil e Cosipa - possuem portos privativos, para recebimento e remessa de matérias primas e produtos acabados.

Fora o benefício da geração de empregos, a concentração de indústrias no mesmo território, trouxe resultados supreendentes, sob o ponto de vista financeiro e fortalecendo a capacidade tributária. A base de produção sustenta a maior parte da arrecadação tributária do município no ICMS, ficando para o IPTU, ISS e outros tributos diretos, uma pequena carga fiscal, se comparados com outros municípios da região da Baixada Santista.

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